Congado
Uma "família de sete irmãos"
O entendimento do que seja o “Congado” pode variar muito conforme o autor, a região ou a época em que esse termo foi e é utilizado. Nessa pesquisa, entendemos o Congado como um complexo cultural e religioso associado a festejos em louvor a santos católicos de devoção negra, com destaque para Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, Santa Efigênia, entre outros. Fruto de diferentes níveis de sincretismo que se desenvolveram dentro de Irmandades formadas por africanos e seus descendentes em Minas Gerais desde o século XVIII, esses festejos são marcados pela sonoridade do tambor, que ressoa através da performance de grupos de dançantes, sob a liderança de capitães (ou mestres) e, quase sempre, em cortejo a reis e rainhas negros.
Na região de Belo Horizonte e entorno, esses grupos de dançantes são chamados de guardas e possuem diferentes vestes, ritmos e funções conforme sua linhagem, ou tradição. As guardas de Marujo, por exemplo, são as que “abrem os caminhos” para as demais tradições, marchando à frente dos cortejos com passos ligeiros, batidas repicadas e uma variedade de instrumentos – além dos tambores, com pandeiros, chocalhos, sanfonas, violões, etc. As guardas de Congo vêm marchando logo atrás e cumprem função semelhante (na ausência do Marujo, inclusive, é o Congo que “abre os caminhos”), porém seus tambores são maiores e se destacam sobre os outros instrumentos, fazendo prevalecer uma sonoridade mais grave e telúrica. As guardas de Moçambique, por sua vez, “guardam as coroas”, caminhando sempre junto aos reis e rainhas das festas e atrás das demais guardas, com passos vagarosos, batidas regulares, e apenas três instrumentos – o tambor, o patangome e a gunga.
Buscando uma síntese dessa vasta diversidade de expressões que constituem o Congado, o folclorista Saul Martins definiu-o como uma “família de sete irmãos”, isto é, uma grande irmandade formada por sete tradições basilares: o Moçambique, o Congo, o Catopé, o Caboclo, o Marujo, o Vilão e os Cavaleiros de São Jorge. Essa concepção, forjada em meados do século XX, é usada até hoje por muitos congadeiros para traduzirem, em poucas palavras, essa identidade que os une.
Buscando uma síntese dessa vasta diversidade de expressões que constituem o Congado, o folclorista Saul Martins definiu-o como uma “família de sete irmãos”, isto é, uma grande irmandade formada por sete tradições basilares: o Moçambique, o Congo, o Catopé, o Caboclo, o Marujo, o Vilão e os Cavaleiros de São Jorge.
Em geral, cada guarda organiza o seu próprio festejo em honra a Nossa Senhora do Rosário e/ou ao(s) santo(s) de devoção do grupo. A grande maioria dos festejos costuma ocorrer entre os meses de agosto e outubro de cada ano, nas proximidades do dia de Nossa Senhora do Rosário (7 de outubro). Todos eles são anunciados e/ou inaugurados pelo levantamento da bandeira desta santa, considerada padroeira de todos os congadeiros. Precedidos por novenas e/ou tríduos, esses festejos têm seu auge ao longo da manhã e tarde de um domingo, em que os anfitriões recebem visitas de guardas de fora para participar de missa, almoço e procissão festiva. Em alguns casos, eles são ocasiões também para a instituição dos reinados, marcados pela presença de um trono coroado, que pode simbolizar os santos cultuados – Rei de São Benedito, Rainha de Santa Efigênia, por exemplo – e também os antigos reinos africanos – Rei Congo e Rainha Conga.
Desde fins dos anos 2000, um processo de Registro de Bem Cultural de Natureza Imaterial vem sendo instruído pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para o reconhecimento do Congado, do Reinado e das Congadas de Minas Gerais como Patrimônio Cultural do Brasil. Paralelamente, os setores de patrimônio dos mais variados municípios mineiros e o próprio Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG) também vêm instruindo os seus próprios processos de registro de festas, guardas, irmandades, reinados e comunidades relacionadas a esse vasto universo cultural e religioso, alguns já concluídos, outros ainda em instrução. Entre os processos já encerrados, apenas na região metropolitana de Belo Horizonte, podemos citar o registro da Comunidade dos Arturos, de Contagem/MG, em esfera estadual (através do IEPHA/MG) e os registros do Reinado de Nossa Senhora do Rosário de Betim/MG, de Guardas de Congo e Moçambique de Brumadinho/MG e das Guardas de Marujo de Sabará/MG em esfera municipal (através dos respectivos setores locais de patrimônio cultural). Este último processo foi que motivou a pesquisa que se apresenta a seguir.
De um modo geral, as guardas de Marujo (assim como as de Caboclo e Catopé) são encontradas principalmente no interior do estado de Minas Gerais, não sendo muito comuns na região metropolitana de Belo Horizonte, aonde predominam as guardas de Congo (juntamente com Moçambique e Candombe). O município de Sabará/MG é uma exceção, pois corresponde a um território com vasta predominância do Marujo. Isto se justifica pelo fato de que as guardas existentes no município hoje foram refundadas ou trazidas de comunidades do interior. O bairro General Carneiro, por exemplo, foi uma região de Sabará que, em meados do século XX, recebeu uma grande quantidade de migrantes, a maioria deles em busca de oportunidades de trabalho em torno do complexo ferroviário e industrial lá existente. Entre esses migrantes estava Raimundo Tobias e outros membros de uma grande família vinda da zona rural do município de São Sebastião do Rio Preto/MG. Ali se fixando, essa família trouxe consigo os saberes de uma tradição centenária, a antiga “Marujada do Engenho”, herdada de seus mais remotos antepassados, os chamados “Garanguis”. Reunindo parentes de diversas cidades, entre eles o capitão José Pedro Máximo Júnior, essas pessoas fundaram, então, a Guarda de Marujo de Nossa Senhora do Rosário de General Carneiro, registrada em 11 de outubro de 1966.
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Rafael Boeing e Regina Abreu | UNIRIO
Meu encontro
Rafael Boeing
Trabalhando como historiador na Prefeitura Municipal de Sabará/MG entre 2013 e 2018, tive a oportunidade de me encontrar e aprender com mestres de um riquíssimo complexo de saberes, expressões e celebrações de matriz africana, o Congado. Um de meus aprendizados foi justo perceber que esse complexo é feito de inúmeras tradições diferentes, cada qual com seu próprio lugar e função dentro de um todo, sendo que pude conhecer mais proximamente apenas um ínfimo fragmento (ainda que tão grandioso) dele: a tradição de Marujo. Nos encontros com esses mestres – capitães e suas guardas –, chamou-me a atenção o lugar – de agente do Estado, do campo patrimonial – que eu ocupava em relação a eles, pela frequência com que vinham me apresentar suas demandas, expectativas e frustrações para ou com o poder público, sempre com a preocupação de fazer reconhecer sua diferença, sua singularidade. Foram tais encontros que me levaram a essa pesquisa.
Graduado em História e Cinema (UDESC/UFSC, 2011), mestre em Comunicação Social (UFMG, 2016), e doutorando em Memória Social pela UNIRIO. Desde 2019, analista de patrimônio cultural na Superintendência do IPHAN no Paraná.
Trabalhando como historiador na Prefeitura Municipal de Sabará/MG entre 2013 e 2018, tive a oportunidade de me encontrar e aprender com mestres de um riquíssimo complexo de saberes, expressões e celebrações de matriz africana, o Congado. Um de meus aprendizados foi justo perceber que esse complexo é feito de inúmeras tradições diferentes, cada qual com seu próprio lugar e função dentro de um todo, sendo que pude conhecer mais proximamente apenas um ínfimo fragmento (ainda que tão grandioso) dele: a tradição de Marujo. Nos encontros com esses mestres – capitães e suas guardas –, chamou-me a atenção o lugar – de agente do Estado, do campo patrimonial – que eu ocupava em relação a eles, pela frequência com que vinham me apresentar suas demandas, expectativas e frustrações para ou com o poder público, sempre com a preocupação de fazer reconhecer sua diferença, sua singularidade. Foram tais encontros que me levaram a essa pesquisa.
Graduado em História e Cinema (UDESC/UFSC, 2011), mestre em Comunicação Social (UFMG, 2016), e doutorando em Memória Social pela UNIRIO. Desde 2019, analista de patrimônio cultural na Superintendência do IPHAN no Paraná.
Vídeos
Ao longo do processo da pesquisa foram produzidos registros audiovisuais de falas, cantos, ritmos e gestos dos capitães, dançantes e demais irmãos da Guarda de Marujo de Nossa Senhora do Rosário de General Carneiro, Sabará/MG. Esta seção traz algumas dessas narrativas e performances congadeiras.
Depoimento do Capitão Marcílio de Oliveira sobre a Guarda de Marujo de Nossa Senhora do Rosário de General Carneiro.
Guardas de Marujo de Sabará (MG)
Outros Vídeos
Falas e cantos de outras Guardas de Marujo de Sabará/MG, em vídeos produzidos em colaboração com ou por iniciativa dos seus integrantes. Alguns deles possuem canais no Youtube e/ou páginas de Facebook com seus próprios vídeos, mas esta seleção privilegia os depoimentos coletados durante o projeto de Mapeamento das Culturas Populares e Tradicionais de Sabará, em 2014.
Guarda de Marujos Nossa Senhora do Rosário de Roça Grande - Sabará/MG
Guarda de Marujo Nossa Senhora Aparecida – Sabará/MG
Guarda de Marujos de São Sebastião - Sabará/MG
Guarda de Marujos
Outros Vídeos
Vídeos sobre outras irmandades e celebrações congadeiras do estado de Minas Gerais. Muitas delas também já foram reconhecidas como patrimônio cultural em esfera municipal ou até estadual. Mais informações na Cartografia Cultural abaixo.
“Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte” (Jason Barroso Santa Rosa, 2013)
"Comunidade dos Arturos" (IEPHA/MG / Rede Minas, 2013)
Primeira parte do filme "Reis Negros" (Rodrigo Campos, 2005)
O filme faz um mergulho no mundo dos Reinados do Rosário, circulando entre o cotidiano e os ritos na vida de reis, rainhas e capitães, homens e mulheres com efetiva autoridade política e religiosa em suas comunidades e ao mesmo tempo cidadãos desfavorecidos. Um rico conjunto de saberes sobrevive ao lado de mazelas crônicas, ambos herdados dos "tempos de cativeiro". Até que ponto os Reinados do Rosário ainda servem como forma de compensação ao sistema dominante, que empurra a cultura negra para a marginalidade?
Segunda parte do filme "Reis Negros" (Rodrigo Campos, 2005).
Terceira parte do filme "Reis Negros" (Rodrigo Campos, 2005).
"Congadeiros" (Leandro Masson & Eduardo Moreira / TV UFOP, 2018)
“Saberes do Sagrado – Guarda de Moçambique e Congo Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário” (Filmes de Quintal, 2014)
“Saberes do Sagrado – Irmandade Nossa Senhora do Rosário dos Ciriacos” (Filmes de Quintal, 2014)
“Saberes do Sagrado – Irmandade Nossa Senhora do Rosário de Ibirité” (Filmes de Quintal, 2014)
“Na Angola Tem” (Talita Viana e Sebastião Rios, 2016)
Imagens de
Coletânea de imagens do acervo pessoal do pesquisador Rafael Boeing, capturadas ao longo de pesquisas entre os anos de 2018 e 2019, por ocasião de festividades congadeiras no Município de Sabará, Minas Gerais.
Acervo pessoal de Rafael Boeing
Cartografia
A cartografia revela a presença de tradições do Congado em todo o estado de Minas Gerais, com maior incidência na região metropolitana de Belo Horizonte e nas mesorregiões Sul, Sudoeste, Oeste, Triângulo Mineiro e Zona da Mata. Em várias delas, manifestações locais já foram objeto de registro de patrimônio imaterial em esfera municipal ou estadual, conforme destacado abaixo.
CONGADO EM MINAS GERAIS:
Bens registrados em esfera municipal e/ou estadual
fonte:
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS / INSTITUTO de Geociências Aplicadas. Atlas de Festas Populares de Minas Gerais. Belo Horizonte, 1998, p. 33. Adaptado e atualizado por Bruno Vinicius e Rafael Boeing a partir de informações coletadas no Portal do IEPHA/MG – ICMS Patrimônio Cultural (http://www.iepha.mg.gov.br/index.php/programas-e-acoes/icms-patrimonio-cultural) e no Processo IPHAN nº 01514.001106/2019-11 (http://sei.iphan.gov.br/pesquisapublica), referente ao registro do Congado / Congadas / Reinado em Minas Gerais.
Legendas
A. Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte*
B. Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Minas Novas
C. Festa de Reinado de Nossa Senhora do Rosário de Bom Despacho
D. Festa de Nossa Senhora do Rosário de Dores do Indaiá
E. Reinado de Nossa Senhora do Rosário de Betim
F. Guardas de Congo e Moçambique de Brumadinho (Sapé e Aranha)
G. Comunidade dos Arturos, em Contagem*
H. Guardas de Marujos de Sabará
I. Festa de Nossa Senhora do Rosário do Serro
J. Festa de São Benedito de Machado
K. Festa de Reinado de Campo Belo
L. Reinado de Nossa Senhora do Rosário de Divinópolis
M. Festa em Louvor a Nossa Senhora do Rosário e São Benedito de Uberlândia
N. Grupos de Moçambique e Catupé de São João Del Rei
O. Congado de Senhora de Oliveira
P. Associação dos Marujos São José dos Cocais, em Coronel Fabriciano
* Referências culturais do universo do Congado registradas tanto em esfera municipal quanto estadual, sob a coordenação do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG).
CONGADO EM SABARÁ:
Bens registrados em esfera municipal
Legendas
1. Guarda de Marujos de Santo Expedito de Ravena
2. Guarda de Marujo de Nossa Senhora do Rosário de Ravena
3. Guarda de Marujos de Nossa Senhora do Rosário de Roça Grande
4. Guarda de Marujos de São Sebastião de General Carneiro
5. Guarda de Marujo de Nossa Senhora do Rosário de General Carneiro
6. Guarda de Marujo de Nossa Senhora Aparecida de General Carneiro
7. Festa de Nossa Senhora do Rosário de Sabará
Calendário
As festividades em louvor a Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, entre outros santos, mobilizam os congadeiros ao longo de todo o ano, com a exceção do período do Carnaval e Quaresma. A maior parte delas, porém, costuma ocorrer entre os meses de agosto e outubro. No âmbito da região metropolitana de Belo Horizonte e do município de Sabará, as datas e/ou períodos mais significativos são:
Abril
Datas variadas – Abertura do Reinado
Logo após o fim da Quaresma e do Tríduo Pascal, diversas irmandades realizam suas cerimônias de Abertura do Reinado. Elas marcam simbolicamente o início do ciclo de festas e demais eventos congadeiros, que se estende até os meses de dezembro e/ou janeiro.Primeiro fim de semana após o Domingo do Páscoa – Festa de São Benedito de Aparecida do Norte/SP, ou Encontro Nacional de Congadas
Entre o sábado e a segunda-feira logo após o Domingo de Páscoa, a cidade de Aparecida do Norte/SP recebe a visita de dezenas de guardas, ternos e cortes congadeiras para celebrar a figura de São Benedito, padroeiro de uma de suas paróquias. Reconhecida como uma das maiores festas de Congado do país, também costuma ser divulgada como Encontro Nacional de Congadas, e marca, para muitos dos grupos que a visitam, a Abertura do Reinado.Maio
Segundo ou terceiro fim de semana do mês – Festas da Abolição
Nas proximidades do Treze de Maio, algumas irmandades congadeiras rememoram a assinatura de Lei Áurea por meio de eventos de caráter cívico/social e religioso. É o caso, por exemplo, da Festa da Abolição, que vem sendo realizada há algumas dezenas de anos na Comunidade dos Arturos, em Contagem/MG.Julho
Primeiro fim de semana do mês – Festas e Bandeiras de São Pedro
Logo após a data oficial de celebração de São Pedro, 29 de junho, as guardas de Marujo do bairro General Carneiro, em Sabará/MG, costumam fazer o levantamento de sua bandeira em um sábado à noite com muitos cantos, danças, além de comes e bebes juninos.Julho
Último fim de semana do mês – Encontro de Congadeiros de Sabará
Desde o ano de 2016, as guardas de Marujo do município de Sabará/MG vêm organizando, juntamente com a Prefeitura local, o seu próprio encontro de identidade congadeira, que se tornou um importante espaço de debate das ações de salvaguarda de seu patrimônio imaterial, mas também de fortalecimento e re-afirmação de suas tradições e de sua devoção ao Rosário de Maria.Agosto / Setembro / Outubro
Datas variadas – Festas e Reinados de Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia
Na região metropolitana de Belo Horizonte, a maioria das celebrações em louvor aos santos do “panteão” congadeiro – com destaque para Santa Efigênia, São Benedito e, principalmente, Nossa Senhora do Rosário – ocorrem no período entre fim de agosto e início de outubro. É o caso, por exemplo, das Festas de Nossa Senhora do Rosário dos Arturos, em Contagem/MG (início de outubro), de Ravena, Roça Grande e General Carneiro, em Sabará/MG (início, meio e fim de setembro), e de Betim/MG (fim de agosto).Janeiro
Entre dias 06 e 31 – Festas e Bandeiras de São Sebastião
Em data móvel próxima ao 20 de janeiro, as igrejas matrizes do bairro General Carneiro, em Sabará/MG, e da sede de São Sebastião do Rio Preto/MG recebem a visita de guardas de Marujo para celebrar o seu santo padroeiro, São Sebastião. Em outras localidades, guardas, reinados e irmandades fazem o levantamento de sua bandeira.Datas variadas – Fechamento do Reinado
Pouco antes do início dos pré-Carnavais, diversas irmandades realizam suas cerimônias de Fechamento do Reinado. Elas marcam simbolicamente o fim do ciclo de festas e demais eventos congadeiros, que será reiniciado após a Quaresma. Para as irmandades que não celebram São Sebastião, o Fechamento do Reinado pode ocorrer ainda em dezembro, antes do período natalino.Referências
O Congado tem despertado grande interesse pela Academia. Abaixo listamos algumas teses, dissertações e artigos. Inclui trabalhos utilizados ao longo da pesquisa, e outros com possibilidade de futura utilização.
BOEING, Rafael A. M.
Experiências do sagrado: fabulações de um Reinado em “A coroação de uma rainha”.
Dissertação (Mestrado em Comunicação Social). Belo Horizonte: UFMG, 2016.
BOEING, Rafael A. M.; VEIGA, Roberta.
Mise-en-scène da religiosidade afro-brasileira no cinema de Arthur Omar: fabulações de um Reinado em "A coroação de uma rainha".
Religião e Sociedade, v. 38, n.3, 2018.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-85872018000300063&script=sci_arttext
BOEING, Rafael A. M.; ABREU, Regina.
Transmissão de saberes e relações de poder em processos de patrimonialização de tradições do Congado em Minas Gerais.
Reunião de Antropologia do MERCOSUL, VII, 2019, Porto Alegre. Anais XIII RAM, 2019.
http://www.ram2019.sinteseeventos.com.br/site/anais2?AREA=60
BOEING, Rafael A. M.; ABREU, Regina.
Registro de tradições do Congado: a experiência da Guarda de Marujos de Nossa Senhora do Rosário de General Carneiro.
Seminário Internacional de Memória Social, III, 2018, Rio de Janeiro.Anais III SIM, 2019.
http://seminariosmemoriasocial.pro.br/wp-content/uploads/2019/08/Anais_1082019_inserido.pdf
BOEING, Rafael A. M..
Construções de identidade nos processos de registro de tradições do Congado em esfera federal e municipal.
Seminário Nacional História e Patrimônio Cultural, II, 2018, Rio de Janeiro. Anais II Seminário Nacional GT ANPUH Brasil, 2018.
BOEING, Rafael A. M.; ABREU, Regina.
Patrimônio, cidadania e desenvolvimento: algumas observações sobre a patrimonialização das tradições do Congado em Minas Gerais.
Congresso Interdisciplinar em Sociais e Humanidades, VII, 2018, Rio de Janeiro. Anais VII CONINTER, 2019.
BOEING, Rafael A. M.
Um panorama sobre a patrimonialização das tradições do Congado em Minas Gerais.
Seminário Internacional de Políticas Culturais, X, 2019, Rio de Janeiro. Anais X SIPC, 2019.
http://rubi.casaruibarbosa.gov.br/xmlui/handle/20.500.11997/16236
BRETTAS, Aline Pinheiro.
Os registros de Belo Horizonte e Betim.
Tese (Doutorado em Ciência da Informação): novas abordagens em relação ao registro do patrimônio cultural imaterial. Belo Horizonte: UFMG, 2013.
https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/ECIC-9CAFRT
CORRÊA, Joana Ramalho Ortigão.
“No Rosário tem cuenda”: Vida e morte nos Reinados em Minas.
Tese (Doutorado em Antropologia Cultural). Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2018.
http://objdig.ufrj.br/34/teses/872605.pdf
COSTA, Patrícia T. M.
As Raízes da Congada: A renovação do presente pelos filhos do rosário.
Tese (Doutorado em Antropologia Social). Brasília: UnB, 2006.
http://dan.unb.br/images/doc/Tese_070.pdf
GOMES, Rafael Barros.
Minha fé não é cultura: a eficácia da magia e as amarras do estado.
Dissertação (Mestrado Profissional do IPHAN). Rio de Janeiro: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2015.
http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/DissertacaoPEP_RafaelBarrosGomes_m.pdf
INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DE MINAS GERAIS (IEPHA/MG).
Dossiê de Registro da Comunidade dos Arturos - Contagem/MG.
Belo Horizonte, 2014.
INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DE MINAS GERAIS (IEPHA/MG).
Dossiê de Registro da Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte/MG.
Belo Horizonte, 2012.
LUCAS, Glaura.
“'Vamo fazê maravilha!': avaliação estético-ritual das performances do Reinado pelos congadeiros”.
Per Musi (UFMG), v. 24, p. 62-66, 2011.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-75992011000200008
MARTINS, Leda.
Performances da oralitura: corpo, lugar da memória.
Letras, nº 26. Programa de Pós-Graduação em Letras, PPGL/UFSM.
https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/11881/7308
MONTEIRO, Lívia Nascimento.
“A Congada é do mundo e da raça negra”: memórias da escravidão e da liberdade nas festas de Congada e Moçambique de Piedade do Rio Grande-MG (1873-2015).
Tese (Doutorado em História). Niterói: UFF, 2016.
https://www.historia.uff.br/stricto/td/1837.pdf
MORAIS, Mariana Ramos.
Festas do Rosário como patrimônio: entre o vivido e a prática estatal.
Caderno CRH. Salvador, v. 32, n. 86, p. 435-448, Maio/Ago. 2019.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-49792019000200435&script=sci_arttext&tlng=pt
REILY, S. A.
“O Congado não é escola de samba”: a performance e o lúdico no afro-catolicismo mineiro.
Música popular em revista, v. 2, p. 135-152, 2016.
https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/muspop/article/view/1000
RUBIÃO, Fernanda Pires.
Os negros do Rosário: Memórias, identidades e tradições no Congado de Oliveira (1950-2009).
Dissertação (Mestrado em História). Niterói: UFF, 2010
https://www.historia.uff.br/stricto/td/1374.pdf
SILVA, Renata Nogueira.
O poder da memória e a negociação da memória do patrimônio: Traduções das práticas congadeiras em tempos de vivificação da ideia de cultura.
Dissertação (Mestrado em Antropologia Social). Brasília: UnB, 2012.
http://www.dan.unb.br/images/doc/Dissertacao_292.pdf
SILVA, Rubens Alves; RODRIGUES, Vanilza Jacundino.
Memória, informação e patrimônio afro-brasileiro em Minas Gerais.
2017.
INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DE MINAS GERAIS (IEPHA/MG).
Bens Registrados: Comunidade dos Arturos.
IEPHA/MG, 2016.
http://www.iepha.mg.gov.br/index.php/programas-e-acoes/patrimonio-cultural-protegido/bens-registrados/details/2/2/bens-registrados-comunidade-dos-arturos
INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DE MINAS GERAIS (IEPHA/MG).
Bens Registrados: Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte.
IEPHA/MG, 2016.
http://www.iepha.mg.gov.br/index.php/programas-e-acoes/patrimonio-cultural-protegido/bens-registrados/details/2/3/bens-registrados-festa-de-nossa-senhora-do-ros%C3%A1rio-dos-homens-pretos-de-chapada-do-norte
NERY, Cristiane.
Um olhar sobre o Congado das Minas Gerais.
Belo Horizonte: UEMG, 2012.
https://www.academia.edu/8349957/Um_olhar_sobre_o_Congado_das_Minas_Gerais
VIANA, Talita; RIOS, Sebastião.
Na Angola tem: Moçambique do Tonho Pretinho.
Goiânia: Faculdade de Ciências Sociais/UFG, 2016.
https://www.academia.edu/34633179/Na_Angola_tem_Mo%C3%A7ambique_do_Tonho_Pretinho