Jongo no Sudeste
Um legado centro-africano:
Em 2005, o Jongo no Sudeste foi registrado como patrimônio cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional por reivindicação de comunidades jongueiras. O registro resultou do processo de articulação das comunidades e de valorização do Jongo/Caxambu nos Encontros de Jongueiros e na Rede de Memória do Jongo, criados respectivamente nos anos de 1996 e de 2000.
Em 2008, por decisão das comunidades jongueiras, a articulação das ações de salvaguarda do Jongo no Sudeste se materializou no Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu, sediado na Universidade Federal Fluminense, em uma parceria entre comunidades, IPHAN e universidade, que se manteve por três convênios e durou até o ano de 2013. A partir de então, as ações de salvaguarda foram articuladas por comunidades e universidade, por meio do Proext, programa de extensão da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação. Em 2010, em um evento do Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu realizado em Vassouras/RJ, a Noite do Jongo, foi articulada a Rede de Jovens Lideranças Jongueiras, materializada a partir de 2012, por meio de encontros presenciais regulares viabilizados pelo Proext/MEC/SESu. Em 2016, o programa foi extinto, mas a articulação entre universidade e comunidades permanece por meio de atividades de ensino, pesquisa e extensão, mesmo que com recursos demasiadamente reduzidos.
Em 2015, o projeto “Passados Presentes”, também aqui referenciado, possibilitou o desenvolvimento de ações de turismo de memória de base comunitária em três comunidades jongueiras e quilombolas integrantes do Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu, a comunidade do Quilombo São José da Serra (Valença/RJ), a comunidade do Quilombo de Pinheiral (Pinheiral/RJ) e a comunidade do Quilombo Santa Rita do Bracuí (Angra dos Reis/RJ). As três recebem visitas de escolas e de universidades e contam com roteiros de turismo de memória elaborados pelas próprias comunidades. Todas as referências e contatos serão indicados para quem tenha interesse em realizar as visitas.
As trocas de experiências e diálogos intensificados nas ações de salvaguarda por mais de uma década permitiram às famílias e às comunidades jongueiras potencializar com novas dinâmicas aquilo que fazem secularmente e que mantém o jongo vivo até os dias de hoje: seus processos de articulação e de resistência. Cada comunidade, a seu modo, segue dando continuidade às ações de salvaguarda do Jongo no Sudeste.
o Jongo foi registrado como uma forma de expressão de comunidades negras do Sudeste, formadas por descendentes de africanos escravizados.
No estado do Espírito Santo, o trabalho com comunidades jongueiras vem sendo desenvolvido pela Universidade Federal do Espírito Santo, por meio de grupos de pesquisa e de extensão, como o programa “Jongos e Caxambus: culturas afro-brasileiras no Espírito Santo”, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e ao NEAB (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros). O estado conta com grande número de comunidades jongueiras.
Por seus fundamentos, valores ancestrais e pela história de seus detentores, o Jongo foi registrado como uma forma de expressão de comunidades negras do Sudeste, formadas por descendentes de africanos escravizados. Nos terreiros das antigas fazendas de café, jongos eram cantados e dançados ao ritmo da percussão de tambores e cumpriam várias funções: reverência aos ancestrais, religiosidade, comunicação, crônica crítica do cotidiano, diversão, desafio, entre outras. Após o fim da escravidão, o caráter coletivo e o poder de articulação dos jongos (versos chamados de pontos) mantinham uma rede de comunicação entre jongueiros, fortaleciam os laços familiares e as ações antirracistas. Das antigas fazendas de café, os jongos e os jongueiros migraram também para pequenas e grandes cidades do Sudeste e mantêm, até hoje, uma forte ligação com as escolas de samba.
Há referências da presença do Jongo no Sudeste desde meados do século XIX, quando a população escravizada em grande maioria vinha da África Central. O interesse mais sistemático dos primeiros pesquisadores, em geral folcloristas, músicos e literatos, pode ser registrado nas primeiras décadas do século XX. Em suas avaliações, o Jongo estaria fadado ao desaparecimento em função da morte dos últimos africanos, da urbanização e das políticas repressoras e discriminatórias. Enganaram-se! O Jongo e os jongueiros resistiram. Ao longo do século XX, famílias de jongueiros souberam mantê-lo vivo como um patrimônio herdado e reconstruído em meio às difíceis condições de vida. A partir de mobilizações dos movimentos culturais negros, das ações afirmativas e políticas de apoio ao patrimônio imaterial, comunidades negras jongueiras começaram a ganhar visibilidade, fortalecendo suas formas de organização, articulação, resistência e luta antirracista. Em algumas regiões o Jongo é conhecido como Caxambu.
Textos em destaque
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Elaine Monteiro | UFF
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Martha Abreu e Hebe Mattos | Artelogie
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14ª Reunião de Articulação do Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu
Nosso encontro
Elaine Monteiro
Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu e Professora da UFF
Elaine Monteiro coordena o Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu, programa de extensão, ensino e pesquisa desenvolvido com comunidades jongueiras e quilombolas da região sudeste que articula sujeitos e ações para a salvaguarda do patrimônio cultural imaterial. Integra o Laboratório de Educação e Patrimônio Cultural (LABOEP), o grupo de pesquisa Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI), o Laboratório de Imagem Documental em Educação (LIDE) e o grupo Encontro de Saberes da/na UFF.
Elaine Monteiro coordena o Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu, programa de extensão, ensino e pesquisa desenvolvido com comunidades jongueiras e quilombolas da região sudeste que articula sujeitos e ações para a salvaguarda do patrimônio cultural imaterial. Integra o Laboratório de Educação e Patrimônio Cultural (LABOEP), o grupo de pesquisa Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI), o Laboratório de Imagem Documental em Educação (LIDE) e o grupo Encontro de Saberes da/na UFF.
Martha Abreu
Martha Campos Abreu é pesquisadora do CNPq. Especialista em História da Diáspora Africana nas Américas e no Brasil, desenvolvendo trabalhos sobre cultura popular, música negra, patrimônio cultural, pós-abolição, memória da escravidão e relações raciais, séculos XIX e XX – pesquisa e ensino de História. Realiza projetos ligados à História pública da escravidão. Coordena, com Hebe Mattos e Keila Grinberg, o projeto Passados Presentes: memória da escravidão no Brasil. É consultora do Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu e do Museu Casa do Pontal.
Martha Campos Abreu é pesquisadora do CNPq. Especialista em História da Diáspora Africana nas Américas e no Brasil, desenvolvendo trabalhos sobre cultura popular, música negra, patrimônio cultural, pós-abolição, memória da escravidão e relações raciais, séculos XIX e XX – pesquisa e ensino de História. Realiza projetos ligados à História pública da escravidão. Coordena, com Hebe Mattos e Keila Grinberg, o projeto Passados Presentes: memória da escravidão no Brasil. É consultora do Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu e do Museu Casa do Pontal.
Vídeos
Outros Vídeos
Outros Vídeos
Nesta seção foram reunidos vídeos de instituições e de pesquisadores/as parceiros/as que desenvolveram produção audiovisual sobre o Jongo no Sudeste, demonstrando o interesse de diferentes áreas do conhecimento, como história, antropologia, música, educação e cinema.
O Jongo na Serrinha. Um tributo a Mestre Darcy. Direção: Beatriz Paiva.
Imagens da
A coletânea de imagens faz parte do acervo do Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu, apresenta registros de algumas entre tantas ações desenvolvidas entre 2008 e 2015, período em que a salvaguarda do Jongo no Sudeste foi desenvolvida pelo Pontão como programa de extensão, ensino e pesquisa da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense. O arquivo está disponibilizado em PDF e destaca a metodologia participativa de pesquisa no processo de construção da salvaguarda do Jongo do Sudeste.
Acervo pessoal de Elaine Monteiro e Martha Abreu
Cartografia
No mapa apresentado constam as comunidades integrantes do Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu. Há, no entanto, um número maior de comunidades jongueiras, em especial no Estado do Espírito Santo, que podem ser identificadas por meio do programa “Jongos e Caxambus: culturas afro-brasileiras no Espírito Santo”, da UFES, cujas fontes encontram-se nas referências de pesquisa.
REGIÃO SUDESTE:
Distribuição Regional dos Territórios Jongueiros
http://www.pontaojongo.uff.br/territorio-jongueiro
Calendário
Janeiro
Dia dos Santos Reis (Caxambu de Miracema/RJ)
Tirada do Mastro de São Benedito (Jongo de São Benedito, São Matheus/ES)
Março
Terceiro domingo do mês: Feijoada das Marias do Jongo (Jongo Dito Ribeiro, Campinas/SP)
Maio
Todas as comunidades jongueiras festejam o Dia 13 de maio, seja como celebração da Abolição, ou como celebração da Libertação ou como celebração da Ancestralidade Negra (Dia dos Pretos Velhos)
Dia de Santa Rita de Cássia (Jongo do Quilombo Santa Rita do Bracuí, Angra dos Reis/RJ)
Julho
Primeiro final de semana do mês: Arraial Afro Julino do Jongo Dito Ribeiro, Campinas/SP
Setembro
Morte do Líder Manoel Congo (1839) (Caxambu Renascer de Vassouras/RJ)
Festa da Padroeira da Cidade de São Mateus/ES, com apresentação do grupo de Jongo São Benedito
São Cosme e São Damião (Caxambu de Miracema/RJ; Jongo da Serrinha, Madureira/RJ; Jongo de Piquete/SP) e o Aniversário do Mestre Gil (Jongo de Piquete/SP)
Festa de Xangô (Jongo da Serrinha, Madureira/RJ)
Novembro
O Dia da Consciência Negra é celebrado em todas as comunidades. Nas ruas, terreiros, quintais, escolas, espaços culturais, nas cidades e nos quilombos lideranças, mestres, jovens e crianças se envolvem em atividades relativas ao mês, à semana e ao dia que homenageia Zumbi dos Palmares.
Dia Nacional da Consciência Negra; Festa da Raça (Jongo de Barra do Piraí/RJ); Roda de Jongo na estátua da Mãe Preta - Em frente à igreja São Bendito (Jongo Dito Ribeiro, Campinas/SP); “Sou África em todos os sentidos” – palestras, exposição e apresentações culturais em homenagem ao mês da Consciência Negra (Jongo Dito Ribeiro, Campinas/SP); Procissão de Santa Cecília, da Banda de Música de Arrozal (Jongo de Arrozal, Piraí/RJ)
Fevereiro
Festa de Iemanjá (Jongo do Quilombo Santa Rita do Bracuí, Angra dos Reis/RJ)
Carnaval: Em muitas comunidades jongueiras, como na Serrinha (Madureira/RJ), em Miracema/RJ, em Guaratinguetá/SP, entre outras, lideranças e mestres possuem fortes vínculos com o Carnaval, com participação ativa na festa.Abril
Aniversário de Mestra Isolina (Caxambu da Velha Rita, Cachoeiro do Itapemirim/ES)
Aniversário do Mestre Laudení (Jongo Mistura da Raça, São José dos Campos/SP) e Festa de São Benedito (Jongo de Arrozal, Piraí/RJ; Jongo Mistura da Raça, São José dos Campos/SP)
Dia Municipal do Jongo de Pinheiral/RJ (Lei Municipal Nº 044/2013)
Aniversário da Mestra Dona Edézia (Jongo de São Benedito, São Matheus/ES)
Dia Municipal do Jongo de Arrozal, Piraí/RJ (Lei Municipal Nº 1.217/2015)
Procissão de São Jorge (Jongo da Serrinha, Madureira/RJ)
Junho
Em grande parte das comunidades, há Jongo nas festas juninas, nos dias em que se celebram Santo Antônio, São João Batista e São Pedro
Homenagem ao Caboclo Bernardo, em Regência/ES (Jongo de São Benedito, São Matheus/ES)
Aniversário do Ponto de Cultura do Centro de Referências e Estudos Afro do Sul Fluminense – CREASF (Jongo de Pinheiral/RJ)
Santo Antônio (Jongo de Guaratinguetá/SP; Jongo de Piquete/SP); Jongo do Quilombo Santa Rita do Bracuí, Angra dos Reis/RJ; Caxambu de Miracema/RJ; Jongo do Quilombo São José da Serra, Valença/RJ)
São João Batista (Jongo de Guaratinguetá/SP; Caxambu de Natividade/RJ; Jongo do Quilombo Santa Rita do Bracuí, Angra dos Reis/RJ; Caxambu de Miracema/RJ; Jongo do Quilombo São José da Serra, Valença/RJ)
São Pedro (Jongo de Guaratinguetá/SP; Jongo do Quilombo Santa Rita do Bracuí, Angra dos Reis/RJ; Caxambu de Miracema/RJ; Jongo do Quilombo São José da Serra, Valença/RJ)
Agosto
Aniversário do Tio Mané (Quilombo São José da Serra, Valença/RJ)
Festa da Associação Folclórica (Caxambu de Miracema/RJ), Festa do Folclore (Caxambu de Santo Antônio de Pádua/RJ) e o Festival do Folclore em Conceição da Barra (Jongo de São Benedito, São Matheus/ES)
Outubro
Festa de São Benedito (Jongo de Pinheiral/RJ)
Aniversário do Tio Juca (Jongo de Barra do Piraí/RJ)
Encontro do Bate-Flecha (Caxambu da Velha Rita, Cachoeiro do Itapemirim/ES)
Dezembro
Proclamação pública do Registro do Jongo no Sudeste pelo IPHAN (2005), no X Encontro de Jongueiros, realizado em Santo Antônio de Pádua/RJ
Festa de São Lázaro (Jongo da Serrinha/RJ)
Fincada do Mastro e Festa de São Benedito (Jongo de São Benedito, São Matheus/ES)
Aniversário da Tia Maria do Jongo (Jongo da Serrinha, Madureira/RJ)
Referências
O Jongo tem despertado interesse e mobilizado a produção acadêmica. Aqui listamos alguns livros, artigos, teses, dissertações sobre o jongo, assim como algumas referências mais amplas diretamente ligadas às memórias da escravidão e à história da música negra no Sudeste.
ABREU, Martha; MATTOS, Hebe (orgs.)
Pelos caminhos do Jongo/Caxambu: Histórias, memória e patrimônio.
Niterói: UFF. NEAMI, 2008.
http://www.pontaojongo.uff.br/sites/default/files/upload/pelos_caminhos_do_jongo.pdf
ABREU, Martha. e MATTOS, Hebe.
“Jongos, registros de uma história”.
In: LARA, S. & PACHECO, G. (org.). Memória do Jongo. As gravações históricas de Stanley J. Stein. Vassouras, 1949. Rio de Janeiro/Campinas, Folha Seca/Cecult, 2007.
https://www.cecult.ifch.unicamp.br/pf-cecult/public-files/publicacoes/101/memoria_do_jongo.pdf
MATTOS, Hebe; ABREU, Martha.
"Remanescentes das Comunidades dos Quilombos memória do cativeiro, patrimônio cultural e direito à reparação”.
In: Revista Iberoamericana (Madri), 42. P.147-160, 2011.
https://www.iai.spk-berlin.de/fileadmin/dokumentenbibliothek/Iberoamericana/42-2011/42_Mattos_y_Abreu.pdf
MATTOS, Hebe.; ABREU, Martha.; COUTO, Patrícia.
“O meu pai contava...”: tradição oral e identidade negra no sul fluminense.
In: LIMA, Ivana e CARMO, Laura. História Social da Língua Nacional. 2 Diáspora Africana. Nau Editora, Faperj, 2014.
MONTEIRO, Elaine.
Universidade e comunidades: diálogos de saberes e fazeres em ações de salvaguarda do patrimônio imaterial.
In: MATTOS, Hebe (Org.) História Oral e comunidade: reparações e culturas negras. 1ª ed. São Paulo: Letra e Voz, 2016, p. 73-94.
https://www.letraevoz.com.br/produtos/historia-oral-e-comunidade-reparacoes-e-culturas-negras-hebe-mattos-org/
MONTEIRO, Elaine; SACRAMENTO, Mônica.
Pontão de Cultura de bem registrado e
salvaguarda de Patrimônio Imaterial: a experiência do Jongo no Sudeste.
Políticas culturais: teorias e práxis.
http://www.pontaojongo.uff.br
AGOSTINI, Camilla.
Africanos no Cativeiro e a Construção de Identidades no Além-Mar: Vale do Paraíba, século XIX.
Dissertação de Mestrado – Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Campinas – SP, 2002.
https://www.researchgate.net/publication/
ANDRE, Marcos.
Jongo do Quilombo São José.
Rio de Janeiro: SESC Rio, 2004.
BERNARDO, Delcio José.
Jongo, espaço de construção de identidade: afinando os pontos com a escola.
In: LIMA, Ivana e CARMO, Laura. História Social da Língua Nacional. 2 Diáspora Africana. Nau Editora, Faperj, 2014.
http://rubi.casaruibarbosa.gov.br
CRUZ, Luis Paulo Alves.
O jongo e o moçambique no Vale do Paraíba (1988 2014): cultura, práticas e representações.
Dissertação de mestrado História. PUC/SP, 2015.
https://tede2.pucsp.br/handle/handle/12891
DIAS, Paulo.
“Feitiço das Palavras – a arte dos pontos de jongo.”
In: VIII Encontro de Jongueiros, Guaratinguetá / SP, 21e 22 de novembro de 2003.
DIAS, Paulo.
O lugar da fala conversas entre o jongo brasileiro e o ondjango angolano.
In: Rev. Inst. Estud. Bras. [online]. 2014, n.59, pp.329-368.
https://www.scielo.br/pdf/rieb/n59/0020-3874-rieb-59-00329.pdf
FALCÃO, Andrea Rizzotto.
Novas demandas, outros desafios. Estudo sobre a implementação da política do patrimônio imaterial no Brasil.
Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2011.
http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8427
GANDRA, Edir.
Jongo da Serrinha: do terreiro aos palcos.
Rio de Janeiro: Giorgio Gráfica Editora/UNIRIO, 1995.
GUIMARÃES, Aíssa Afonso e OLIVEIRA, Osvaldo Martins de (Orgs.).
Jongos e Caxambus: culturas afro-brasileiras no Espírito Santo.
1ª ed. - Vitória: UFES, PROEX, 2017.
LARA, Silvia e PACHECO, Gustavo (orgs.).
Memória do Jongo: as gravações históricas de Stanley J. Stein, Vassouras, 1949.
Rio de Janeiro, Folha Seca; Campinas, SP, CECULT, 2007.
https://www.cecult.ifch.unicamp.br/pf-cecult/public-files/publicacoes/101/memoria_do_jongo.pdf
NASCIMENTO, Alvaro.
Jongo da Serrinha: performance negra, violência urbana e mudança social numa comunidade carioca (2003-2010).
In: ABREU, M., XAVIER, G. MONTEIRO, L., BRASIL, E. Cultura Negra, novos desafios para os historiadores. Niteroi, Eduff, 2018.
http://www.eduff.uff.br/ebooks/Cultura-negra-1.pdf
OLIVEIRA, Luana.
Entre o silêncio e o reconhecimento oficial: como se escrever (ou se escreveu) a história do jongo/caxambu em Barra do Piraí.
In: ABREU, M., XAVIER, G. MONTEIRO, L., BRASIL, E. Cultura Negra, novos desafios para os historiadores. Niteroi, Eduff, 2018.
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Jongueiros do Tamandaré: um estudo antropológico da prática do jongo no Vale do Paraíba Paulista (Guaratinguetá – SP).
Dissertação de Mestrado – Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Campinas – SP, 2004.
http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Jongueiros%20do%20Tamandar%C3%A9.pdf
PEREZ, Carolina dos Santos Bezerra.
Juventude, música e ancestralidade na comunidade jongueira do Tamandaré – Guaratinguetá / SP.
In: Revista Imaginário, Vol 11, N. 11. São Paulo: Instituto de Psicologia / Laboratório de Estudos do Imaginário / Universidade de São Paulo – USP, dezembro de 2005.
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-666X2005000200012
RIBEIRO, Alessandra.
Matriz africana em Campinas: territórios, memória e representação.
Doutorado em Arquitetura. PUC/Campinas. 2016.
http://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/jspui/handle/tede/928#preview-link0
RIBEIRO, Maria de Lourdes Borges.
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SIMONARD, Pedro.
A construção da tradição no Jongo da Serrinha: uma etnografia visual do seu processo de espetacularização.
1°. ed. Fortaleza: Edições UFC, 2013. v. 1.
SILVA, Adaílton da.
Relatos Sobre o Jongo.
Dissertação de Mestrado – Universidade Nacional de Brasília – UNB. Brasília – DF, 2006.
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SILVA, Marília T. Barboza da e OLIVEIRA FILHO, Arthur L. de.
Silas de Oliveira: do jongo ao samba-enredo.
Rio de Janeiro: FUNARTE, 1981.
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Olha Só, ô meu Tambú, como Chora o Candongueiro: as estrelas e os toques da tradição no jongo de Guaratinguetá e Campinas – SP.
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Histórias do Pós-Abolição no Mundo Atlântico.
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ABREU, Martha., XAVIER, G. MONTEIRO, L., BRASIL, E.
Cultura Negra, novos desafios para os historiadores (Vol.. 1 e 2).
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Da Senzala ao Palco. Canções Escravas e Racismo nas Américas, 1879-1930.
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In: RIBEIRO, G. [et.al.]. Escravidão e Cultura Afro-Brasileira. Temas e Problemas em torno da obra de Robert Slenes. Campinas, UNICAMP, 2016.
LOPES, Nei.
O Negro no Rio de Janeiro e sua Tradição Musical. Partido-Alto, Calango, Chula e outras Cantorias.
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Partido Alto: Samba de Bamba.
Rio de Janeiro, Pallas, 2005.
MATTOS, Hebe.; ABREU, Martha; DANTAS, C.
O Negro na História do Brasil.
In: Cadernos Penes no. 12, EDUFF, 2010. https://issuu.com/reginaribeiro8/docs/livro_penesb_12
MONTEIRO, Elaine.
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In: MATTOS, Hebe (Org.) História Oral e comunidade: reparações e culturas negras. 1ª ed. São Paulo: Letra e Voz, 2016, p. 73-94.
PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda.
Coelho Netto, Um antigo modernista.
Rio de Janeiro, Contra Capa, 2016.
RAYMOND, Lavínia Costa.
Algumas danças populares no Estado de São Paulo.
USP/Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Boletim nº 191, Sociologia nº 6, São Paulo, 1954.
REIS, João José & GOMES, Flávio dos Santos.
Uma história de liberdade.
In: REIS, João José & GOMES, Flávio dos Santos. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. SP:Cia. das Letras, 1996.
http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/64584/67224
RIOS, Ana & MATTOS, Hebe Maria.
Memórias do Cativeiro: Família, Trabalho e Cidadania no Pós-Abolição.
RJ: Ed. Civilização Brasileira, 2005.
SCHWARCZ, Lilia e GOMES, Flávio dos Santos.
Dicionário da Escravidão e Liberdade.
São Paulo, Cia das Letras, 2018.
TAVARES, Alessandra.
"A Escola de Samba Tira negro do local da informalidade".
In: Agências e associativismos negros a partir da trajetória de Mano Eloy (1930-1940). Tese de doutorado, PPGH UFRRJ, 2019.
VALENÇA, Rachel Teixeira e VALENÇA, Suetônio Soares.
Serra, Serrinha, Serrano: o império do samba.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1981.
Acervos
Desde 2003, todo nosso material de pesquisa produzido em audiovisual vem sendo arquivado no Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI) e hoje grande parte dele pode ser consultado online. A continuidade da parceria com comunidades jongueiras e quilombolas também permitiu a construção de um banco de dados sobre os lugares de memória do tráfico e da escravidão africana no Sudeste, assim como de um projeto de Turismo de Memória (Passados Presentes).
Website:
http://www.ufjf.br/labhoi/projetos/historia-oral/acervo-uff-petrobras-cultural/
Arquivo online do acervo de história oral do LABHOI/UFF. Reúne entrevistas com camponeses negros descendentes da última geração de africanos escravizados no estado do Rio de Janeiro (no litoral e nas fazendas cafeeiras do Vale do Paraíba) e performances de suas manifestações culturais de verso, música e dança (jongos, calangos e folias de reis). São 150 registros realizados entre 2003 a 2007, sob a coordenação de Hebe Mattos e Martha Abreu.
Website:
http://passadospresentes.com.br/site/Site/index.php
O Projeto Passados Presentes, Memória da escravidão no Brasil, em parceria com as comunidades, desenvolveu aplicativos para celular e construiu exposições permanentes no quilombo do Bracuí, no quilombo de São José da Serra, na cidade de Pinheiral e na Pequena África (apenas aplicativo), no estado do Rio de Janeiro, com objetivo de reconhecer suas histórias e estimular o turismo de memória. Também reúne um banco de dados com informações sobre o patrimônio imaterial do estado do Rio de Janeiro, tais como rodas de capoeira, grupos de jongo e quilombos, acrescidas de verbetes dos 100 lugares de memória da escravidão no Brasil, fruto do Projeto Rota do Escravo da UNESCO (2014). Coordenação: Hebe Mattos, Martha Abreu e Keila Grinberg.
Contatos das comunidades quilombolas para agendamento de visitas
(Favor fazer os contatos por mensagens de WhatsApp):
Pinheiral – CREASF (Centro de Referência de Estudos Afro do Sul Fluminense):
Maria de Fátima da Silveira Santos (24 – 99221 – 7212) e Maria Amélia da Silveira Santos (24 – 99309 – 7189)
Quilombo Santa Rita do Bracuí:
Marilda de Souza Francisco (24 – 98817 – 2696) e Raísa de Souza Francisco (24 – 99946 – 7595)
Quilombo São José da Serra:
Antônio do Nascimento Fernandes (24 – 98186 5003) e Almir Fernandes (24 – 99977 – 5926)
Vídeos sobre o Projeto:
Criando Passados Presentes. https://vimeo.com/161310933
Turismo em Terra de Jongueiro: https://www.youtube.com/watch?v=9N0xIcoiVNc