Município do Serro/Minas Gerais
Serro/MG:
Serro, município patrimonial que vem enfrentando o contínuo assédio de projetos minerários predatórios de extração de minério de ferro. Atualmente há processos de pedido de conformidade solicitados pelas pelas empresas Herculano (01514.000269/2019-87) e Ônix (01514.000554/2021-12) que se encontram em análise pelas equipes técnicas de patrimônio arqueológico, edificado e imaterial da Superintendência do IPHAN em Minas Gerais.
O Serro foi o primeiro município no Brasil a ter seu conjunto histórico e arquitetônico tombado pelo IPHAN em 1938.
Além disso, a população serrana é responsável por guardar e transmitir preciosos saberes e fazeres tradicionais - indígenas, afro-diaspóricos e quilombolas, coloniais e rurais - sob a forma de ofícios, expressões e celebrações do patrimônio imaterial.
Textos em destaque
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Andréa Maria Narciso Rocha de Paula
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Andréa Maria Narciso Rocha de Paula
Movimentos
Federação das Comunidades Quilombolas do Estado de Minas Gerais
A N’golo, fundada em 2005 por pessoas autodeclaradas quilombolas, é uma entidade que age na luta pela promoção de direitos das comunidades remanescentes e na articulação de políticas públicas, prestando também assessoria técnica, formação política e organização das comunidades quilombolas.
Movimento Pelas Águas
O Movimento Pelas Águas (2021) é um grupo local de moradores, professores, artistas, pesquisadores que habitam ou têm ligações com a região “pela luta contra a mineração predatória no Serro, em defesa do meio ambiente, da economia, patrimônio, cultura e sociedade local.”
Tem feito através das redes sociais divulgação e promovido ações de campanha a fim de manter a circularidade das informações, movimentando o enfrentamento e agindo na articulação pelos direitos da população serrana.
O Movimento Pelas Águas (2021) é um grupo local de moradores, professores, artistas, pesquisadores que habitam ou têm ligações com a região “pela luta contra a mineração predatória no Serro, em defesa do meio ambiente, da economia, patrimônio, cultura e sociedade local.”
Tem feito através das redes sociais divulgação e promovido ações de campanha a fim de manter a circularidade das informações, movimentando o enfrentamento e agindo na articulação pelos direitos da população serrana.
Movimento Pela Soberania Popular na Mineração
O MAM é um movimento popular iniciado em 2012 no Pará no contexto enfrentamento a um grande projeto minerário, posteriormente expandindo para outros estados que sofrem com o neoextrativismo, como Minas Gerais, entre outros, tomando características nacionais.
Age na articulação contra violações aos Direitos Humanos e conflitos territoriais em regiões em que há projetos minerários. Promove conjuntamente a organização sociopolítica da popular a partir de ações e debates acerca de temas que envolvem o debate dos modelos extrativistas e os direitos da população que tem seus modos de vida intrinsecamente ligados à terra como indígenas, quilombolas e ribeirinhos.
O MAM é um movimento popular iniciado em 2012 no Pará no contexto enfrentamento a um grande projeto minerário, posteriormente expandidndo para outros estados que sofrem com o neoextrativismo, como Minas Gerais, entre outros, tomando características nacionais.
Age na articulação contra violações aos Direitos Humanos e conflitos territoriais em regiões em que há projetos minerários. Promove conjuntamente a organização sociopolítica da popular a partir de ações e debates acerca de temas que envolvem o debate dos modelos extrativistas e os direitos da população que tem seus modos de vida intrinsecamente ligados à terra como indígenas, quilombolas e ribeirinhos.
Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva
"O CEDEFES é uma Organização Não-Governamental, sem fins lucrativos, filantrópica, de caráter científico, cultural e comunitário, de âmbito estadual, com sede e foro na cidade de Belo Horizonte (MG).
Seu objetivo é promover a informação e formação cultural e pedagógica, documentar, arquivar, pesquisar e publicar temas do interesse do povo e dos movimentos sociais. (...) Ao longo dos anos, o CEDEFES veio priorizando dois temas centrais: a questão da terra e a questão indígena sobretudo em Minas Gerais"
"O CEDEFES é uma Organização Não-Governamental, sem fins lucrativos, filantrópica, de caráter científico, cultural e comunitário, de âmbito estadual, com sede e foro na cidade de Belo Horizonte (MG).
Seu objetivo é promover a informação e formação cultural e pedagógica, documentar, arquivar, pesquisar e publicar temas do interesse do povo e dos movimentos sociais. (...) Ao longo dos anos, o CEDEFES veio priorizando dois temas centrais: a questão da terra e a questão indígena sobretudo em Minas Gerais"
Vídeos
Remanescência (2015)
"Aqui no Milho, a folia de reis" (2020)
Estrada Real da Cachaça (2008)
Outros Vídeos
Mesas, palestras e encontros
Projeto Quilombo Vivo
Referências
ANDRADE, Rudá K. Angu com Vissungo: Histórias e memórias da produção e consumo de Fubá no Alto Jequitinhonha. São Paulo, 2012. Dissertação de Mestrado – Programa de Pós-Graduação em História Social, PUC, São Paulo.
CORRÊA, Joana. “No Rosário tem cuenda” – Vida e morte nos Reinados em Minas Gerais. Tese (Doutorado em Antropologia Cultural) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia, Rio de Janeiro, 2018.
GALANTE, Rafael. "Essa gunga veio de lá!" : sinos e sineiros na África Centro-Ocidental e no Brasil centro-africana. Tese de Doutorado em História apresentada à Universidade de São Paulo. São Paulo, 2023. Disponível em:
IEPHA/MG. Saberes, linguagens e expressões musicais da viola em Minas Gerais – Belo Horizonte : Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, 2018.
IEPHA/MG. Dossiê de Registro Sistema Agrícola Tradicional de Apanhadoras e Apanhadores de Flores Sempre-vivas em Minas Gerais. – Belo Horizonte : Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, 2021.
IPHAN. Modo artesanal de fazer queijo de Minas: Serro, Serra da Canastra e Serra do Salitre (Alto Paranaíba) / Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. – Brasília, DF : Iphan, 2014
LIMA, Daniela Passos. “Como é em cima, é embaixo”: simbologias, mito e resistência dos Homens Pretos do Rosário do Serro. 2018. 153 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Estudos Rurais, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2018.
MAGALHÃES, Daniel. Pipiruí e Caixa de Assovio: tocadores de pífanos e caixas nas festas de reinado. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Música da UFMG, 2009a.
NASCIMENTO, Lucia Valéria do. A África no Serro Frio. Vissungos: uma prática social em extinção. Dissertação de Mestrado em Estudos Linguísticos apresentada à Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte: 2013.
SCARANO, Julita. Devoção e escravidão: a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos no distrito diamantino no século XVIII, Ed. Nacional, 1978.
SIMÕES, Everton Machado. A África Banta na região de Diamantina: uma proposta de análise etimológica. Dissertação de mestrado apresentada ao programa de Pós-Graduação em Semiótica Linguística Geral da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2014.
SOUZA, Kelly Diniz de; et al. Processo de formação socioespacial de pequenas cidades: o caso de Serro. Oculum Ensaios, vol. 12, núm. 1, enero-abril, 2015, pp. 141-155 Pontifícia Universidade Católica de Campinas; Campinas, Brasil.
COSTA, Tiago Geisler Moreira. A comunidade de Queimadas frente à expansão minerária no Alto Jequitinhonha: a defesa de um território. 2017. 108f. Dissertação (Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais - MESPT) – Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília. Brasília, 2017.
http://www.realp.unb.br/jspui/bitstream/10482/31323/1/2017_TiagoGeislerMoreiraCosta.pdf
Descolonizar o imaginário: debates sobre o pós-extrativismo e alternativas ao desenvolvimento. Gerhard Dilger, Miriam Lang, Jorge Pereira Filho (Orgs.); traduzido por Igor Ojeda. - São Paulo : Fundação Rosa Luxemburgo, 2016.
https://rosalux.org.br/wp-content/uploads/2021/09/Descolonizar_o_Imaginario_web.pdf
LEITE, Matheus. Por que somos contra o empreendimento minerário denominado “Projeto Serro”? Uma reflexão crítica sobre democracia e desenvolvimento inclusivo na cidade do Serro. Quaestio Iuris, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 1023-1068, 2020.
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/quaestioiuris/article/view/47156
LIMA FILHO, Manuel. Cidadania Patrimonial. Revista ANTHROPOLÓGICAS, Ano 19, 26(2):134-155, 2015.
https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/revistaanthropologicas/article/view/23972/19475
ZHOURI, Andréa. Crise como criticidade e cronicidade: a recorrência dos desastres da mineração em Minas Gerais. Horiz. antropol., Porto Alegre, ano 29, n. 66, e660601, maio/ago. 2023
https://www.scielo.br/j/ha/a/vbTZ7tBRGJBwCPYxfpJkw9d/abstract/?lang=pt
ZHOURI, Andréa (org.). Mineração, violências e resistências: um campo aberto à produção de conhecimento no Brasil. Marabá, PA: Editorial iGuana; ABA, 2018
https://br.boell.org/sites/default/files/ebook_mineracaoviolenciaresistencia1.pdf
https://emdefesadosterritorios.org/wp-content/uploads/2023/12/Conflitos-da-Minerac%CC%A7a%CC%83o-no-Brasil-2022_FINAL-1.pdf
Acervos
https://www.cedefes.org.br/